Cosems/ES participa da 7ª Oficina Temática do Projeto ImunizaSUS, na Paraíba
11 de agosto de 2023
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O Cosems/ES, representado por sua 1ª tesoureira e secretária de Anchieta, Jaudete Frontino, e pela secretária-executiva, Marfiza Novaes, participou da 7ª Oficina Temática do Projeto ImunizaSUS, que aconteceu ao longo da programação do IV Congresso de Secretarias Municipais de Saúde da Paraíba, evento realizado entre os dias 9 e 11 de agosto. A oficina teve como tema “Síntese rápida de evidências em publicações científicas para o aumento das coberturas vacinais – O diálogo entre a academia e sua repercussão para formuladores e gestores de políticas de saúde”.
A moderação da mesa foi feita pela anfitriã Soraya Galdino, presidente do Cosems-PB e diretora do Conasems, com participação de Daisy Maria Xavier de Abreu, pesquisadora do Núcleo de Educação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Minas Gerais (Nescon/FM/UFMG), Ulysses Panisset, professor adjunto do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Sayonara Moura, vice-presidente do Conasems. Hisham Hamida, presidente do Conasems, também integrou o dispositivo.
Daisy trouxe dados a respeito da queda dos índices de cobertura vacinal, fenômeno observado no Brasil e regiões a partir de 2016. A pesquisadora trouxe pontos de convergência entre os dados levantados pela pesquisa sobre imunização no Brasil realizada pelo Nescon e entrevistas com gestores de saúde, como problemas de recebimento, armazenamento e aplicação das vacinas, problemas de registro e de atraso/recusa, fake news e desinformação.
Foram apontados também problemas relacionados aos profissionais de vacinação, como número insuficiente de pessoal, sobrecarga de trabalho, falta de capacitação, alta rotatividade, profissionais que não querem assumir salas de vacinas, além de barreiras de acesso (geográficas e estruturais), provocando o atraso do calendário de vacinação.
Já os principais temas das estratégias apresentadas para reverter a queda da cobertura vacinal, foram a busca ativa, o monitoramento, com discussões sobre sistemas de informação, por exemplo, a educação permanente e a intersetorialidade.
Entre as perspectivas apresentadas para retomar as altas coberturas no país e nas regiões, estava a retomada da discussão nos territórios municipais sobre as experiências e ações municipais de imunização; avaliação de curto, médio e longo prazos para o aprimoramento e consolidação da mobilização para viabilizar estratégias visando o aumento dos indicadores de cobertura vacinal, com potencial para fortalecer as ações de promoção da saúde e da Atenção Primária à Saúde, entre outras.
O professor Ulysses propôs um debate a partir da análise de experiências internacionais exitosas, metodologias de utilização na gestão das melhores evidências científicas disponíveis, combinar informações relevantes, epidemiológicas, contextuais e experiência (conhecimento tácito) de gestores e outros trabalhadores de saúde, e da vivência da participação cidadã; cooperação entre gestores e pesquisadores, com plataformas de tradução do conhecimento para dar celeridade a tomadas seguras de decisão.